Em ofício dirigido a este escrevinhador a 11/05/22, João Carlos Salles, que age agressivamente para coroar seu vice-reitor e seu pró-reitor de graduação na disputa pela Reitoria da Universidade Federal da Bahia, encaminhou parecer da Procuradoria Geral Federal junto a UFBA à petição na qual foi solicitada convocação de reunião extraordinária para pronunciamento oficial do Conselho Universitário (Consuni), instância maior da instituição, sobre o estelionato há 20 anos praticado pelos sindicatos Apub, Assufba e DCE na indicação de nomes para a lista tríplice de Reitor(a) e Vice encaminhada à livre nomeação da Presidência da República.
Com retardo de 13 dias e chovendo no molhado, vez que o Consuni decidiu sobre a matéria a 29/04 – acatando a tese de ser anticonstitucional, antidemocrático e fora da lei todo o processo, inclusive de formação de chapas, da “consulta prévia informal” sindical/DCE -, o reitor diz, somente agora depois de o Consuni acabar com a farsa que o beneficiava e a seus pupilos, que inexiste “justificativa ou fato que determine tal convocação”.

O procurador federal Roberto de Morais Cordeiro em seu parecer cita o Art.11 do Regimento Geral da UFBA para demonstrar que essa universidade opta “pela não realização da consulta” prévia [grifo dele].
Apoia-se ainda na recente Resolução nº 02/2022 do Consuni que, depois de 20 anos, cinco consultas sindicais/DCE e três reitores empossados, inclusive o atual, decidiu resgatar das mãos das corporações a atribuição legal exclusiva do Colégio Eleitoral formal da UFBA – determinada pela Lei 9.192/95 e pelo Decreto-lei 1.916/96 – a votação, com peso de 70% para docentes, para a elaboração da lista tríplice.
O Consuni decidiu: a votação ocorrerá dia 1º de junho, cada um dos cerca de 85 membros do Colégio Eleitoral (Consuni mais Consepe) tem direito a um voto e votará separadamente nos nomes apresentados até 31/05 como ou candidatos a reitor(a) ou candidatos a vice-reitor(a). Não em chapas.
“A questão relacionada [a] realização de consulta prévia à comunidade universitária ficou categoricamente afastada“, grifa o PGF Cordeiro em seu parecer, “não restando qualquer espaço para formulação daquilo que [a] doutrina convencionou chamar de ‘dúvida razoável’.”
Quanto ao truque, verdadeira falsificação ideológica, de não mencionar o estelionato da consulta sindical/DCE na ata do Colégio Eleitoral – resultado de coação, ameaça e pressão de facções político-partidárias – acatando e submetendo-se à “chapa vencedora” da consulta das entidades, o PGF transcreve trecho de Nota Técnica da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, nº 243/2019/CGLNES/GAB/SESU/SESU:
“a Secretaria de Educação Superior acolheu, integralmente, o entendimento sustentado no Parecer nº 00416/2019/CONJUR-MEC/CGU/AGU, do qual se achou por bem extrair o seguinte parágrafo:
“27. Logo, a ilegalidade não se encontra no processo de consulta à comunidade com adoção de votação paritária, mas sim na vinculação do resultado da consulta à comunidade universitária na composição da lista tríplice, por usurpação da competência do colegiado máximo da universidade ou do colégio eleitoral que o englobe.”
Roberto Cordeiro aduz, grifando, a seguir:
“A eficácia de tais sondagens jamais poderá ser qualificada como jurídica – nem, muito menos, vinculante – restando preservada, assim, a independência e a autonomia do Colégio Eleitoral, consoante estabelecido por Lei, pelo Regimento Geral da UFBA e pela Resolução nº 02/2022 do CONSUNI.”
É tudo o que este escrevinhador, candidato qualificado de oposição à alternância de poder na Reitoria por uma UFBA democrática, vem afirmando.
Malgrado campanha de ódio e acusações levianas de que tem sido alvo desde que ousa desafiar a UFBA de sempre dos de sempre.
Vamos virar esse jogo e libertar a UFBA da tutela ideológica de pensamento único, autoritário e elitista!
As Universidades Públicas viraram um grupo de Whats, onde todos temem falar o que pensam, onde todos falam o que acreditam que o Grupo era dar LIKE.
Vagabundo não quer contribuir com ideias.
Isso tem risco.
Vagabundo quer ser aceito no Grupo.
Também não são do Foro de São Paulo ou bolsominions, coitados. Eles querem apenas ser aceitos.
Têm medo.
As IFES são a caverna do medo, um trem fantasma.
Se esta chapa se mostrar eleitoralmente viável, os medrosos correrão para baixo da aba do chapéu dos novos dominantes do campo.
NÃO PRECISA LER BOURDIEU PARA SABER DISSO.
Parabéns Fernando…
A verdade sempre vence…
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