O PIG – Partido da Imprensa Golpista, continua em pleno vigor. Dessa vez, tendo por alvo o direitista Jair Bolsonaro (PSL), a partir da pauta do JN – Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão.
[Em nosso canal no Youtube (clique e acesse) argumentamos o por que Flávio Bolsonaro deve renunciar já! Sem delongas, no ato mesmo de sua posse no Senado neste 1º de fevereiro].
Jair está a apenas três semanas na cadeira de Presidente da República, sem ter obtido trégua da “mídia golpista”. Nem terá de mim, aqui da planície.
Flávio Bolsonaro, primogênito de Jair, tem sido a bola da vez.
Campeão de votos eleito senador da República em outubro passado, depois de deputado estadual pelo Rio de Janeiro, a revelação de suas falcatruas demonstra que “o mito” é de fumaça.

A Rede Globo, com exclusividade, mostrou nos recentes dias ao país ser ele o mesmo tipo de político fedorento e safado, corrupto, cujo combate fertilizou o discurso bolsonarista que deu a vitória a seu pai.
Desde que andava de fraldas e usava chupeta, aprendi no Almanaque Fontoura que imprensa é oposição. O resto é armazém de secos & molhados. É o que passo a meus alunos de Jornalismo, sempre.
PIG é denominação cunhada por intelectuais orgânicos, na expressão de Antonio Gramsci, dos partidos ditos “revolucionários” de espectro marxista-leninista que comandaram o Brasil de 2003 a 2016, sob a liderança do PT (Partido dos Trabalhadores)
Popularizada nas Faculdades de Comunicação a partir de 2005, quando o Brasil tomou conhecimento pelas páginas da Folha de S. Paulo do esquema conhecido como Mensalão, o conceito Partido da Imprensa Golpista é banalizado para definir todo e qualquer veículo de comunicação que publique coisas que contrariem o projeto político da esquerda no poder.
Inclusive a esquerda acadêmica, vicejante e saltitante em Ciências Sociais e Humanas, com o tatibitate infantil dos cursos, dos sindicatos e das redações de jornalistas. Jessé Souza é hoje a síntese de tais babaquices.
Afirmar que Rede Globo e similares movem-se por interesses econômicos, ou por cultura de classe, é dizer enfadonhamente o óbvio.
Na Bahia, o governamental Irdeb (TV-E e Rádio Educadora), reza na mesma cartilha oficialesca. Jornalecos de Centrais Sindicais idem. Política é território de adultos.
O que está em jogo no Brasil é um GDP (PIB, a riqueza bruta nacional) que faz do país a oitava economia mundial.
Contudo está também em jogo o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, ou o seu fracasso.

No momento é de se aplaudir o trabalho jornalístico da Globo na publicização da atividade do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O MP revela, via Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) serem os Bolsonaros tão iguais e semelhantes aos que diziam combater.
Por óbvio, as esquerdas, que chafurdaram e afundaram no lamaçal político nos recentes anos, emudecem. Ou riem com sarcasmo, sem alarde.
O repeteco da fábula de George Orwell, Animal Farm: A Revolução dos Bichos no título brasilianês.
Nenhuma novidade para além daquilo que já era esperado, apenas com a diferença de que, quando se investe em um tipo de discurso populista que visa à ostentação do moralismo e da austeridade baratos, a cobrança por eventuais desvios éticos são mais abrangentes e incisivas.
Nessa toada, segue a imprensa cumprindo sua função regimental de agente crítico e de defesa do interesse público, ao menos em tese. Apesar disso, há razões suficientes para crer que se o atual governo não tivesse adotado deliberadamente uma postura tão hostil em relação a alguns veículos jornalísticos em especial, a vida da família Bolsonaro não estaria sendo tão avidamente devassada, a despeito do volume de fatos contraditórios existentes. Mas já que o governo decidiu-se por comprar a briga, vai ter que arcar com o ônus.
Não há santos na política e na imprensa também.