HOBBESIANO em parte, submeto-me ao contrato social. Determina ser o Estado o único detentor do monopólio do uso da força.

Ele, o Estado, detém os instrumentos e ferramentas que lhe possibilitam garantir a segurança de todos. Como ser armado. Quando essa obrigação falha, cai na desconfiança.

O Estado, composto por homens, não pode tudo. Seu limite ou é o costume de dada comunidade-sociedade ou é a lei.

Neste momento o governo federal recém-empossado flexibiliza a legislação que permite pessoas em pleno gozo de suas responsabilidades possuir armas de fogo em casa.

Ótimo! Explico o porque no youtube.com/ZeDeNoca. Clique para assistir.

Jair Bolsonaro (PSL) assina o decreto, em texto gestado pelo ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, que aplaude

Por hobbesiano considero ser a natureza humana tendente à paixão, à inveja, ao ciúme. O interesse particular é o leitmotiv a guiar os viventes.

Sem peias, tenderá a se impor sobre o interesse dos outros homens, ou o interesse comum.

Evidentemente, como ensina Maquiavel, é preciso simular e bem dissimular tudo isso. Ter a astúcia da raposa.

Ao Estado-Todo-Poderoso, o Leviatã hobbesiano, não pode o cidadão, o soberano que o instituiu, permitir que usurpe de seus direitos fundamentais.

Entre tais direitos, o da autodefesa.

O cidadão tem a prerrogativa, inalienável, de se defender. Do Estado, se este é usurpador e corrupto.

De outro ou outros homens que lhes ameace a integridade – sua, de seu patrimônio, de sua família.

A Constituição dos Estados Unidos da América, que sempre cito em aulas comparando-a positivamente às constituições brasileiras, explicitou esse dilema natural.

Qualquer um tem o direito de, por justa causa, se defender. De outrem ou do poder usurpador. Se for o caso armado com arma de fogo.

O resto é silêncio… Shakespeare.