DISPLICENTEMENTE, assim como se fosse uma coisa comum ou banal.
Três semanas e meia depois que um pequeno grupo de estudantes partidariamente orientados por facções do Partido dos Trabalhadores (PT) passou a difundir mundo a quatro ataques levianos a este professor da casa, na manhã de 30 de março se dá a cena.
O chefe do Departamento da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) sai de dentro de sua sala e dirige-se a este escrevinhador, que ocasionalmente estava na ante-sala da secretaria.
Então assim, como se tratasse de algo trivial, sem alarde, passa um objeto repentinamente às mãos deste docente que tem sido alvo de insidiosa campanha de desgaste institucional.
É um objeto, preso a uma peça de madeira. Um troféu estilizado em metal dourado. Na base está uma placa onde foi grafado o seguinte texto:
- Turma de Comunicação UFBA 15.1 – Professor Homenageado Fernando Costa da Conceição
Veja você. Este professor acaba de ser alvo de uma “Nota de Repúdio” amplamente explorada nas redes sociais e veículos de comunicação nacionais, na qual é taxado de ter “postura machista e homofóbica”, além de acusado de “assédio sexual” contra alunos e alunas.
Diante da “Nota”, a direção da faculdade imediatamente tomou partido. Suspendeu, de pronto, o professor da sala de aulas por uma semana e meia. E publicou portaria abrindo uma Sindicância que, pela segunda vez em nove anos, o coloca como sujeito de investigação.
Assim, fortalecendo a leviandade da facção que criminosamente agiu, sendo esta a mesma que, comandando o Centro Acadêmico, há três anos apoiou os atuais dirigentes na consulta para escolha do diretor da Facom que teve este escrevinhador como candidato oponente.
O GRUPO DE acusadores (clique aqui para saber) – metade deles já reprovada por faltas na matéria que cursam neste semestre -, agindo sob a guarda do C.A. instalado na faculdade, teve ainda atendida a exigência de trocar de professor no meio do semestre.
O mesmo grupo, arruaceiro, na data de 9/3 praticou ato passível de ser confrontado com o art. 331 do Código Penal brasileiro, impedindo por ato de violência um servidor público de ingressar em seu ambiente de trabalho.
À acusação de assédio sexual, este escrevinhador já recomendou os acusadores a registrar queixa junto a autoridades policiais, da Justiça e do Ministério Público.
Desde agosto do ano passado de regresso às suas atividades na Facom – depois da greve docente e de um ano afastado para o seu segundo pós-doutorado no exterior -, este professor esteve sempre à disposição dos dirigentes da faculdade.
Tendo já sido homenageado também por uma turma de formandos em 2007 e com um escore de avaliação positiva (numa média de 90% no relacionamento interpessoal e no favorecimento de um bom ambiente de aprendizagem em sala de aula) nos 14 anos em que assumiu a docência na UFBA, o troféu agora recebido guarda uma inédita singularidade.
Simboliza o reconhecimento dos formandos do primeiro semestre de 2015 – aos quais agradece -, sem ter estado presente à cerimônia de formatura.
A singularidade está também no tratamento de irrelevância dado ao troféu que, segundo seu fiel depositário, ali (na sala departamental) havia sido “esquecido” de ser entregue ao homenageado.
TRÊS PETIÇÕES administrativas, com base no Estatuto e no Regimento Geral da UFBA, para apuração e responsabilização dos atos praticados pelo C.A. e seus agentes diretos contra este docente já foram protocoladas aos dirigentes da Facom desde 18/03.
A parcimônia, a hombridade e a imparcialidade da direção devem falar mais alto que quaisquer outros interesses.
Mesmo porque, a partir dos precedentes, qualquer docente ou técnico, servidor público, poderá vir a ser vítima da arbitrariedade de gente atuando partidariamente no espaço acadêmico.
Prezado Professor FERNANDO CONCEIÇÃO,
Minha solidariedade, e sempre com a esperança da Universidade brasileira ser menos politiqueira e mais centro de valorização do Mérito e da Ética.
Saudações acadêmicas,
Tavares-Neto
Medicina (FMB-UFBA)
Estava, eu, in loco quando F. Conceição recebeu o troféu.
Fernando, essa é mais uma prova do que sempre digo, na minha simplicidade não-acadêmica: os extremos se tocam com muita facilidade. Ou não são fascistas essas práticas de que lança mão o grupo da Facom citado em seu artigo?
A UFBa / escolas vão de mal á pior com a presença de caluniadores(a), racistas e idolatras. Precisamos reagir, mas com misericórdia, uma vez que estes jovens, como os(a) que são usados por capitães do amto sem escrupulos em nosso município SSA_Ba, que tendo candidaato prórpiro vota em pts cuja fama é…+fazer?
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