SUBSTRATO do clima de final de campeonato de futebol em que os marqueteiros, profissionais ou voluntários, transformaram o segundo turno das eleições de presidente da República no Brasil.

Um artigo do músico e poeta Caetano Veloso foi acolhido e publicado pela Folha de S. Paulo no domingo 21/10, anterior ao domingo em que Jair Bolsonaro (PSL) derrotou, por 56 a 45 pontos, a seleção de esquerda liderada por Fernando Haddad (PT).
Com argumentos descabidos, exagerados no conteúdo e na forma, o texto de Caetano conclamava os brasileiros a se levantar contra o candidato da “direita”.
Em termos virulentos apontava Olavo de Carvalho, intelectual e professor autodidata brasileiro exilado há tempos nos Estados Unidos, como um dos principais mentores de Bolsonaro, em sua agenda armamentista e na moral dos costumes.
O artigo era um xingamento sem pé nem cabeça.
Uma peça de belicosidade gratuita a serviço do marketing do projeto de esquerda que, depois de treze anos de poder suspensos com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, ameaçava retornar ao Palácio do Planalto.

Olavo de Carvalho, em linguagem não menos balística, respondeu ao poeta tresloucado (ao menos neste episódio) em vídeo postado na segunda-feira em seu hiper-acessado canal no Youtube.
Jactando-se do seu enciclopedismo de citações ao mesmo tempo originais e esotéricas, Carvalho concluiu mandando o incensado cantor brasileiro fazer aquilo que levou Deus a mandar destruir Sodoma e Gomorra.
Tudo foi bacana e ambos devem ter se divertido muito.
As divergências de cunho partidário de um e de outro acabam por aí.
Isto porque, como este escrevinhador explica com detalhes em http://www.youtube.com/zedenoca, Olavo de Carvalho e Caetano Veloso concordam em gênero, número e grau num tema que, agora com a assunção de Jair Bolsonaro, deve novamente incendiar o país em 2019.
Acesse http://www.youtube.com/ZeDeNoca e tome ciência.