Eleito com mais de 90 mil votos de frente novo prefeito de Salvador, aos 33 anos de idade Antônio Carlos Magalhães Neto tem, por toda a vida, de carregar o espectro do seu avô, morto aos 79 anos em 2007?
Parece que sim. E a construção de sua imagem feita por seus adversários políticos, antes e durante o processo eleitoral, será difícil de ser desconstruída. Ele está condenado, ao que parece, desde o nascer. Pode ser um cara porreta e bem-intencionado, como se aparentam os políticos em geral. Mas é neto de quem foi. Logo, sua eleição, escutamos e lemos por toda a parte, “traz de volta o fantasma de ACM”.
Ocorre, como ensina Shakespeare em Hamlet, nem todos os fantasmas são de todo uns filhos da puta. E, no caso de ACM, justiça deve lhe ser feita. Como certa vez publicou Zé de Noca, um colaborador do alternativo Província da Bahia, ele foi “um retrógrado revolucionário” da política baiana.
Em outros termos e outras mais consubstanciosas palavras, é a conclusão a que também chega o cientista político autor de “Tradição, Autocracia e Carisma: A Política de Antônio Carlos Magalhães na Modernização da Bahia,1954 – 1974”, livro de 2006. O autor tem credenciais insuspeitas, vez que desses protocomunistas conciliatórios de velha cepa, do “campo de esquerda”, palpiteiro tido como fonte de jornais e TVs para análises pouco rigorosas de conjunturas.
Sabemos que para debatedores de mentalidade secundarista ou de torcidas, não é fácil um papo adulto quando se está em jogo interesses de poder, legítimos ou não. Reconhecer o papel modernizador de ACM nas velhas, arcaicas e coloniais estruturas de mando no Estado que por mais de três séculos – do XVI à primeira metade do XVIII – foi dos mais importantes, se não o maior, do Brasil – a essa gente equivale a perder o eixo das certezas dogmáticas de suas cartilhas (ou seriam bíblias?).
O consenso, fruto de raciocínios os mais rasos e simplistas, típicos do jardim da infância, é que ACM foi o responsável por tudo o de perverso, mau, atraso, de ruim, de ditatorial, de miséria que existe em nossa “maravilhosa” terra. É o que professores semi-analfabetos ou preguiçosos massacram em todas as escolas da Bahia, públicas ou privadas, sem exceção, nas cabecinhas de nossos pimpolhos, desde que esses começam a frequentá-las, até aos cursos de pós-graduação mais empelotados das universidades.
DESONESTIDADE PUERIL
Não é isso que está em autores que se deram à tarefa, nas últimas oito décadas, de estudar o que Otávio Mangabeira (1986-1960), ex-governador do Estado (1947-51) rotulou de “O enigma baiano”. Onde encontrar as razões e origens das desigualdades sociais, da perda de importância no cenário nacional, e do atraso da Bahia no decorrer de todo o século XX e mesmo até hoje? Da década de 1980 para cá, os intelectualmente desonestos apontam o dedo em direção a Antônio Carlos Magalhães: somos essa porcaria por exclusiva culpa do carlismo.
Nada mais pueril. Quem se der o trabalho de ler “Bahia, Século XIX, uma Província no Império”, de Kátia de Queirós Mattoso (1931-2011), encontrará respostas menos caricatas à indagação acima. A mais significativa de todas: a Bahia chegou a esse estado deplorável de coisas por conta não de um sujeito apenas. Mas devido à mentalidade conservadora, arcaica e escravocrata de suas elites de mando. Não importa se de direita, de “esquerda”, de centro.
É essa mentalidade que nos faz, alguns, senhores ou supostos senhores, de um lado. E a todos serviçais, de outro. Que se aprazem em servir, distribuindo cocadas, fitinhas de “santos” e sorrisos. Que desejam continuar servindo, por servir. É menos doloroso. “Me ajeite que eu te ajeito!”, esse é o mote, que aqui tomo de empréstimo de uma ex-candidata à vereança, dos acomodados na alma. Dificilmente há no Brasil sociedade de mentalidade tão fechada, tão barroca, tão avessa ao novo e ao desafiador. Esta, uma das marcas da chamada baianidade, que atrai os turistas d’alem mar.
OLIGARQUIA SEM OLIGARCA?
A elite de mando baiana foi esquadrinhada pelo americano-coreano Eul-Soo Pang, no seu “Coronelismo e Oligarquias”, de 1979. O que se sobressai de sua pesquisa são os modos e a mecânica de controle de poder na Bahia, do período colonial aos primórdios da tardia industrialização com a chegada da Petrobras por aqui na década de 1950. As oligarquias coronelísticas sempre prevaleceram na história baiana. E tentar acabar com isso, depois do golpe getulista do Estado Novo, não foi tarefa fácil nem mesmo para o habilidoso intervencionista Juracy Magalhães (1905-2001).
ACM foi a figura política que mais contribuiu para desmantelar a velha ordem oligárquica que vinha desde a era da Colônia. Peitou os resquícios das oligarquias familiocráticas que grassavam por todo o território baiano, há séculos por elas controlado. Desalojou antigos poderosos, que o descrevem como um crápula traidor. Embaralhou as cartas do jogo oligárquico. Instalou a incerteza no lugar tranquilo em que vicejavam os senhores de engenho de nomes lustrados e pomposos. Portanto, atraiu contra si a fúria dos vencidos.
Montou a sua estratégia convocando gente nova ou ressentida. E numa invejável e competente engenharia política madura, soube montar o seu próprio grupo – coeso até às vésperas de sua morte, ouso dizer, prematura. Não se pode afirmar que criou a sua oligarquia própria, pois oligarca não foi quem não deixou uma seita que o cultue.
Beneficiário da ditadura militar que ajudou a implantar (mas o mesmo pode ser dito de gente, de famílias e de instituições admiradas por seus opositores), ACM utilizou dos cargos ocupados para tentar recolocar a Bahia como Estado competitivo, não apenas no Nordeste mas no país. No contexto do militarismo, deve ter feito coisas do arco da velha – e para saber mais aguardamos a biografia escrita pelo jornalista Fernando Morais, de quem era amigo por afinidades até com Fidel Castro, dono de Cuba. Mas também peitou generais poderosos, e saiu-se vitorioso.
Foi para o centro do poder político, rompeu na hora certa com o regime militar apoiando Tancredo Neves (foi quando a oposição passou a tratá-lo de “Toninho Ternura”), ajudou no congresso estudantil de reestruturação da UNE, estimulou o Centro Industrial de Aratu, brigou e trouxe o Pólo Petroquímico para Camaçari (Wagner existiria sem isso?), criou as universidades públicas estaduais, todas elas, interiorizando o ensino superior por décadas restrito à capital e à UFBA.
Se soube usar o poder para si mesmo, e com ele enriquecer, não está sozinho nessa seara – alguns o chamariam de burro se não o fizesse. Aí está o sindicalista Jaques Wagner, agora governador, adquirindo imóveis milionários com a ajuda de empréstimos “do seu irmão”. Ou João Henrique, ou Lula e seu filho, ou José Dirceu, ou o bem-assalariado presidente da Agência Nacional do Petróleo. Ou os sindicalistas dos bancários, dos comerciários, dos professores, dos condutores de veículos – esses, mais longevos no poder que o próprio ACM que condenam.
A complexidade de um homem que viveu de forma tão intensa e crucial os acontecimentos políticos dos últimos 60 anos não cabe em enquadramentos caricatos de papo de botequim. Santo não foi de forma alguma. Mesmo porque, como diz Maquiavel, esse não é o mundo dos santos. O papel e a importância de ACM para a Bahia, fonte da inveja enrustida dos que – aqui ou alhures – sequer o ensombreiam, merecem análises fora do redemoinho das paixões comezinhas dos seus áulicos.
O que mais me impressionava em acm era a magia de impressionar,” parecer ser” através da mídia. Nesse quesito nossa esquerda baiana nada lhe deve em sua brilhante atuação. Contudo, o populacho, de tempos em tempos, percebe as astúcias e delega poderes a outros atores.
Parabéns pela excelente matéria, e, a propósito, muitos dos que hoje se arvoram de “paladinos da democracia” no período da Ditadura – jornalistas, sindicalistas, proprietários de emissôras radiofônicas e membros dos atuais govêrnos no ambito Federal, Estadual e Municipal – sempre estiveram ao lado dos militares exercendo cargos de relevância política e empresarial.
Quem é mesmo “herdeiro da ditadura”: ACM Neto ou os apoiadores de José Sarney, Collor de Mello, Edison Lobão, Renan Calheiros, et cetera…?
Perfeito, Berna!
percebi um erro na minha postagem antiga: em lugar de et cetera, deveria ter escrito et caterva.
https://albenisio.wordpress.com/2007/08/06/acm-darwin-e-o-carnaval/
Falando de ACM, não podia deixar de citar Maquiavel… ah ah ah
Obrigado pela intensidade da sua visão crítica e relativista!
VEJAM BEM – FALTOU DIZER QUE O NETO É MESMO A CONTINUAÇÃO DO AVÔ NO QUE DIZ RESPEITO A SER UM DÉSPOTA – que ameaçou dar uma surra no presidente da República? Quem votou contra as cotas e todos os avanços que os Trabalhadores tentaram?? Oxente oxente !!!. Ele é sim de direita no que possamos pensar de pior. Mas o texto de Conceição desde o início bota manteiga nesta figura escorregadia desde seu começo na vida pública. Só li os primeiros parágrafos e não sentir o que deve nortear um texto jornalístico – IMPARCIALIDADE! O texto parece querer esconder o que fantasmas ou não vai conseguir esconder. Neto é um representante da elite que se forma no ESCRAVISMO. Ponto.
Eu,tenho uma mania de pensar que todo petralha tem argumento de sofisma.
Discurso vazio para fugir dos fatos históricos. Não consegue pensar sem ver o mal sempre, e apenas, no “outro”. E pior: não leu, mas não gostou. Típico!
IMPARCIALIDADE, brother, independentemente de partidos políticos, nem sempre é possível, mesmo no jornalismo. O fato de FC ser partidarista militante e advogar causas (movimento negro, por exemplo) é uma prova disto. Eu só espero do FC, Honestidade! Sou de Direita, minha irmã, esquerdista,estudante da UFBA, enviou o link pra meu e-mail. Raramente leio alguma coisa aqui. Fui esquerdista iludido na época do colegial e fiz parte da UJS. Gostei da “ajudinha” do FC na opinião entre a disputa da última eleição na cidade de Salvador. Ele teria sugerido que votássemos no menos ruim, a saber, ACM Neto.
PS: Estão dizendo que a vice de ACM, por ser negra, traiu a classe, as origens e blá blá blá… Uma doutora em Engenharia de PRODUÇÂO, deveria ser esquerdista (sic), de preferência, comunista, né? É de lascar!
A propósito, Pelegrino é muito fraco pra debate, gente! Há tantos anos e vcs (petistas) não encontraram um candidato mais preparado e que se expressasse melhor- com propostas e não ataques pessoais e infantis!
Nunca aprendem!
Se de fato amamos a democracia, cultuemos ,pois, o diálogo em nossos partidos, visando às inclusões. Façamos disso uma virtude, em vez de tática..A história não acabou, as esquerdas precisam incluir, solidarizar-se, sentir, sensibilizar-se em vez de instrumentalizar mecanicamente aliados e construtores.. Assim, a conquista não será efêmera, o poder será qualitativamente vivido. O ideal em política inexiste. Sei disso.Então, ainda há motivos para reconstruirmos nova era de genuína solidariedade.Ivan Messias
Essa história da surra no presidente é bem a carinha do avô, mesmo. Mas o revoltadinho agora será o administrador de nossa cidade. Que as leis e a fiscalização pública nos protejam, pois já não confio mais na fiscalização partidária (muitas vezes o interesse não tem lado, beneficia a todos). Para mim ele será um ACM repaginado, adaptado à nova realidade e já sem tanto poder (afinal, as circunstâncias já não o permitem, ainda bem).
Faltou citar o mito das avenidas de vale, cujo projeto – antigo – já estava sendo implementado por Virgildásio Sena, quando veio o golpe e o vovô assumiu. E o vovô, claro, foi quem levou a fama. E leva até hoje, Ao ponto de ter gente que acredita que foi o próprio quem idealizou, quem teve o grande lampejo para um novo traçado urbano da cidade Vejam só até onde um mito pode chegar…
Por falar em mito:Lula é um?Não,é um Deus,quando fala ilumina.hehehe
Essa historia de surra em presidente….. Pá vcs não falam da política do medo que lula implantou no Brasil… (Jornalista bom é jornalista morto) palavras do advogado do PT
“Pouco Jornalismo e Muita Poeira”
Não é necessário ser sociólogo para intuir que os embates que pululam nas redes sociais, sobre temas pontuais, e que por vezes mobilizam milhares de internautas com textos enxutos, repetitivos, carregados de emoção e agressividade, são circunstanciais. Diria até, análogos a um conversa de botequim.
Essa não é a única função das redes, obviamente. Ela foi capaz de disseminar a Revolução na -e a partir da Tunísia; arregimentar chineses em seus embates; mobilizar milhares de estudantes em grandes passeatas no Chile contra Piñera; organizar os movimentos Ocupa; universalizar informações; por ai vai.
Mas no cotidiano, a rede se move como um bar virtual para os que têm sede de conversa rápida, companhia fugaz, opiniões destemperadas, descompromissadas. Curiosidades ou conspirações ocultas. E no Brasil, em época de eleições, as redes sociais parecem torcidas sim, e das organizadas. De emblemas e links. Modismos de circunstâncias. E absorvem, obviamente, o entusiasmo do ambiente eleitoral, das campanhas políticas. E no mesmo nível de superficialidade, competitividade e agressividade que é pertinaz aos dois casos: o do cotidiano e o das campanhas.
É só lembrar o formato da discussão sobre aborto travado para detonar Dilma na campanha presidencial de 2010.
Detectar essas características da rede – com suas ressalvas e peculiaridades – é perceber o óbvio.
Discutir esse “óbvio” de forma acadêmica, científica, seria oferecer à comunidade, aos internautas, um belo espelho, uma fonte de reflexões, um ganho comunitário. Aliás, seria (?) uma boa tese de mestrado.
Contudo, utilizar dessa adrenalina que envolve as militâncias eleitorais nas redes sociais, particularmente a juventude, que estabelece um debate direto, sem mediação, exaltado, acalorado, apaixonado, de ambos os lados, diga-se da esquerda à direita (que no Brasil não existe…) para fazer uma análise “acadêmica” no contar dos últimos votos, é, no mínimo, covardia.
Adicionar num mesmo tira gosto, todos os quitutes produzidos em plena campanha eleitoral de 2010 na Bahia, deduzindo, ao final, se tratar de um prato de qualidade secundarista, de nível de mesa de bar, é uma ordinária forma de tentar desqualificar a crítica feita a “trajetória política de ACM”, este sim o verdadeiro ensejo do artigo acima do blog.
O texto, confeitado de citações vagas e referências descontextualizadas, certamente para dar sustança acadêmica aos argumentos, e que anda na contramão do contexto criticado -o calor do debate pré-eleitoral – é de uma estrutura bem simplista, que visa:
1- Descolar a figura do Neto de seu avô, para, assim, dar ao neto maior liberdade de trânsito entre àqueles de curta memória e que só conheceram o carlismo de nome.
2- Tornar chulo, desqualificar os críticos do modelo de poder exercido por Antônio Carlos, considerando-os (os críticos) de “mentalidade secundarista” frente à notável bagagem intelectual e argumentativa arrotada pelo blogueiro.
3- Fazer coro com o “ACM voltou”, reabilitando a imagem do político coronel.
Aliás, literalmente sepultado com menos pomba e público que seu filho Eduardo, já que o próprio coronel não estava ali para dar as ordens, comandar com chicote mais um espetáculo em torno de seu sobrenome.
4- Por fim, num parágrafo triunfalista, sentenciar a necessidade de uma parcialidade acadêmica, neo-durkheimiana , que o próprio blogueiro manipula ao longo de tão agressivo texto, já que fora do contexto eleitoral.
Sobre o blog ecoa do túmulo do boca do inferno: “Triste Bahia, o quão dessemelhante, estais e estou, no nosso antigo estado…”.
Mas não consumi meu tempo para responder críticas tão impróprias. Se viessem de Caetano, seriam folclóricas e bem escritas. Estas, do blog citado, parecem pegar o bonde dos sem sina certeira.
O blogueiro fala que seu afeto “Peitou os resquícios das oligarquias familiocráticas que grassavam por todo o território baiano, há séculos por elas controlado. Só se foi em nome de sua própria família. Ora pois, justo Antonio Carlos Magalhães, que impôs seu nome e sobrenome em metade do que há nesta terra, inclusive mudando, escandalosamente, o nome de uma cidade e o histórico nome do Aeroporto Dois de Julho, peitou os familiocratas? Como assim?
Com tais argumentos e acobertado pelo sujo manto do coronel, encobre o espancamento de um jornalista em início de carreira, e nesse caso sim, por razões pueris. Não fosse o blogueiro jornalista, seria admissível.
Professor, o blogueiro desconsiderou seus pares ufbanianos, alunos e mestres, que foram brutalmente agredidos por cassetetes e bombas de efeito moral, daquelas usadas nos piores anos da ditadura, em plena democracia neoliberal, no histórico 16 de maio de 2001, registrado pelo premiado documentário CHOQUE, de Kal Rocha, quando tentaram realizar uma caminhada pela cassação do dito cujo político, então envolvido até o pescoço em escândalo de manipulação do painel do senado. No episódio, a UFBa foi invadida, coisa que nunca ocorreu nos Anos de Chumbo. Eu estava lá e terminei o dia no Hospital Espanhol acompanhando de César Leiro e um aluno de 16 anos, gravemente ferido nos olhos. Estilhaços…
Não fosse auto propalado ex-morador de área pobre -na Bahia, designada “invasão” – seria igualmente aceitável deslembrar das humilhações pelas quais passaram os usuários de transporte coletivo em cada blitz de Cátia Alves.
Mas como trata-se de um jornalista, professor e originário de um bairro de baixa renda e alta repressão policial, sou levado a acreditar que o blogueiro preferiu omitir essas e tantas outras passagens truculentas dos anos ACM em nome de outras, que lhe parecem meritórias.
Se desdobra em elogios que ressaltam o político da “modernização”, o “revolucionário”, chegando a afirmar que “ACM foi a figura política que mais contribuiu para desmantelar a velha ordem oligárquica que vinha desde a era da Colônia.” Suponho que esteja fazendo referência ao coronelismo midiático implantado em parceria com Roberto Marinho (Rede Globo), quando ACM, ministro das comunicações, transferiu a programação da Globo para a TV Bahia e a redistribuiu entre seus fiéis apadrinhados em todo território estadual. Uma rede de culto e afeição. Um quarto poder. Um new coronelismo. Uma religião contemporânea. Talvez na implantação dessa estrutura midiática reconheça o “papel modernizador de ACM das velhas, arcaicas e coloniais estruturas de mando no Estado que por mais de três séculos – do XVI à primeira metade do XVIII – foi dos mais importantes, se não o maior, do Brasil.”
Chega a fazer rir a forma, ai sim uma abordagem de jardim de infância, de dizer que Wagner não existiria sem a obra carlista do Polo Petroquímico. Como se a práxis política de Wagner dependesse de seu emprego… Como se não tivesse que ter enfrentado a repressão para realizar um projeto. É primário demais.
Destarte, o texto é uma tentativa entusiasmada e transparente na tentativa de resgatar o “mito ACM”. Aliás. Não fosse tudo tão patético, seria hilário.
Em verdade, pouco me importa o conceito de modernidade que passa pela cabeça do blogueiro. Menos ainda as relações que mantém com os associados ao carlismo. Não me preocupa o trato acadêmico, carregado de citações, que utiliza para tratar o acalorado embate travado nas redes sociais no calor das eleições.
Enfim, não são os elogios que faz ao defunto e sua obra “modernizadora” que me fez consumir tempo com esse Blog.
O que me leva a escrever e me posicionar é uma acusação muito grave. O ataque irrestrito e indigno, no patamar de sua arrogância, que faz contra os educadores secundaristas da Bahia que, na pena e mente desse blogueiro, são “professores semi-analfabetos ou preguiçosos (que) massacram em todas as escolas da Bahia, públicas ou privadas, sem exceção….”
Sobre professores usa adjetivos bem diversos daqueles que usa para qualificar ACM. Desqualifica a nós, professores, com expressões chulas. Acusa nossos sindicatos levianamente. Denuncias sem provas vários sindicatos. Em contraste com a ausência de críticas aos personagens e empresas paridas pelo carlismo.
Tratar a categoria dos professores como o fez, irrestrita e indistintamente, é ter nas veias o sangue da arrogância e da prepotência que por décadas dominou este estado. É desconhecer a realidade de uma categoria humilhada em seus salários e de condições de trabalho ultrajantes, desde os Acordos Mec-Usaid, feitos pela Ditadura. E que chegaram ao mais baixo nível salarial e de qualificação nos anos do Carlismo. Uma categoria que bravamente enfrentou o carlismo e também governo Wagner. E que da qual não se pode inferir os votos nas últimas eleições. É muita prepotência, arrogância e desconhecimento. É muitas poeira e pouco jornalismo.
Sr. blogueiro, nossa categoria trabalha de 8 a 10 horas diárias, em sala de aula, para sobreviver. E mal ganha para comprar alimentos, quanto mais livros e afins. Como diz Foucault “O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta, o poder pelo qual nos queremos apoderar”.
Aqui fica meu apoio irrestrito aos guerreiros da educação neste estado, que militam com a juventude, que enfrentam a humilhação das autoridades e que não ficam encastelados em um trono acadêmico arrotando vaidade e puxa saquismo.
Somos uma categoria em movimento e não uma assinatura sem rumo.
Renato Santos, professor de Ensino Médio (secundarista , portanto), autor de História da Contemporaneidade, editado pela EDUFBA, ex-ombudsman do Jornal da Facom nos anos em que foi dirigido pelo blogueiro, eleitor, em 2010, de Hilton e Pelegrino. E mais do que nunca convencido de que a direita neste país não tem a coragem mostrar a sua cara!
Toda a dissensão multifacetada supracitada, referenciando as teorias foucaultianas e até a desqualificação pessoal e particular ao docente universitário e jornalista que ferrenhamente eructa, faz lembrar-me de Schopenhauer: “dogmatiser sur un bien originel, c’est le livrer démagogiquement à la dispute. Et la dispute, c’est le diable”.
Acredito que o nobre colega Edson perdeu a grande oportunidade de dialetizar com a natureza dos fatos sem ficar no reducionismo político ou na requisitação ad eternum da relação de ACM com a Bahia. Assim como e não menos que você, lutamos contra as opressões e truculências do autocrata baiano e não acho honesto, que tenha tentado afugentar o centro da questão ao argumento periférico que lhe cabe. Como se não soubesse, quase choro com o seu depoimento da invasão ocorrida na UFBA. Parece-me que os estilhaços ainda lhe cortam e até lhe cegam ao ponto de não enxergar também a tamanha truculência de Wagner com a sua categoria docente, recentemente.
Para quem acredita em pós-carlismo ou trono a ser transmitido, quem tem preservado este patrimônio simbólico é o governo Wagner, que com Otto Alencar, César Borges, Major Castro e a Cia ltda. mantêm os correligionários não mais do cabeça e sim o da “Barba Branca”.
Cara DANILA CONCEIÇÃO,
Ao contrário do que diz, não sou nobre, não transito pelo espaço acadêmico e não me chamo Edson. Mas vou responder as considerações.
Conceição, se você quase chorou com a passagem do 16 de maio, fico sensibilizado, por que os de curta memória já se esqueceram do fato, como se fosse tão antigo, um “ad eternun”. E aproveito para lhe dar conhecimento de que eu não, mas o estudante citado perdeu irreversivelmente uma vista, como pessoas perderam a vida ao longo da ditadura civil-militar sustentada na Bahia por ACM.
Conceição, não defendi Wagner, e ao contrário, exaltei os professores que o enfrentaram, como enfrentavam o carlismo. Você não leu essa passagem? Destarte, as críticas que fiz ao blogueiro são tão pessoais como as que o blog fez a Wagner e Lula. Pessoas e ideias públicas!
Conceição, quando me acusa de reducionismo, deveria reler o texto do blogueiro, que se limita a desqualificar os críticos de ACM, inclusive acusando Wagner e os sindicatos dos professores de malversação. Sem provas, e numa fala agressiva, essencialmente política. Maniqueísta, o blog contrapõe a reinvenção histórica do personagem ACM com a desatualização e pequenez das “esquerdas”.
Reducionismo, Conceição, são as críticas políticas do blog, que sob o pretexto de reavaliar uma personalidade histórica, achincalha os críticos, mergulhados em uma única caldeirada de bar. Aliás, tá virando um dogma da direita chamar a esquerda de dogmática. Pior, “… o argumento é que é o diabo”.
Conceição, comungo com as ideias daqueles que consideram uma depravação política e de princípios a aproximação e incorporação a governos petistas de figuras como Maluf, César Borges, Collor de Mello, Renan Calheiros, José Sarney e demais comparsas. Mas não deixo de reconhecer que, mesmo ladeados dessas figuras, Lula, Dilma e Wagner se constituíram nos governos que mais fizeram pelos baianos e brasileiros pobres e miseráveis em nossa triste república de coronéis.
Minha indignação ao texto do blog -e quem mudou o foco de meu comentário foste tu, Conceição- foi a forma escabrosa com que tratou os professores baianos; como se fossem zumbis políticos, teleguiados. Releia as palavras do blogueiro:
“O consenso, fruto de raciocínios os mais rasos e simplistas, típicos do jardim da infância, é que ACM foi o responsável por tudo o de perverso, mau, atraso, de ruim, de ditatorial, de miséria que existe em nossa “maravilhosa” terra. É o que professores semianalfabetos ou preguiçosos massacram em todas as escolas da Bahia, públicas ou privadas, sem exceção, nas cabecinhas de nossos pimpolhos, desde que esses começam a frequentá-las…”. Isso sim é reducionismo, preconceito e agressão.
Conceição, se dispus de meu tempo com o blog foi para combater este parágrafo.
Despeço-me comunicando-lhe que subscrevi recente abaixo-assinado em solidariedade a Fernando Conceição, a quem respeito, mas de quem discordo decepcionadamente pela forma chula com que tratou os professores, e ao dogmatismo de direita com que trata a esquerda.
Ah, para concluir, você também me remeteu a Schopenhauer quando ele diz:
“Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os iluminadores do mundo e os promotores do gênero humano, são aqueles que leram diretamente no livro do mundo.”
RENATO SANTOS
Eructações
Meus animados escribas [no Antigo Egito eram os únicos capacitados para transmitir ao povo o que pensava o Regente, eram pessoas educadas na arte da escrita], e pelo que pode-se ler nesse blog, a definição desses privilegiados seres permanece atual.
Como não tenho pretensões para ser o intérprete das massas (na acepção da Escola de Frankfurt – claro! tenho também que fazer citações pra me fazer respaldado), a minha intenção em participar desse debate em rede – não tão apetitoso quanto ao que vem da rede que os velhos pescadores puxam do mar-, é envolver nas discussões a respeito das recentes eleições, o fato de que cerca de 570.000, pessoas (eleitores) não deram votos nem pro jovem e vigoroso ACM Neto nem tampouco para o aglomerado de representações partidárias desde a IURD ao PCdoB, na pele de Pelegrino.
Diria ainda que essa conversa de voto etnico também não se traduz em votações expressivas em Salvador, vide votação de Hamilton Assis (PSOL). Feito essa digressão, e retornando à concatenação das ideias, há uma imensa lacuna de representação política na sociedade soteropolitana, que aí sim, deve ser levada mais a efeito pelo discurso ou pesquisa acadêmica, no sentido de mostrar alternativas a esse eleitorado que não tá nem aí pra tudo o que foi até aqui discutido nesse blog.
As abordagens em pro e contra o “carlismo, chicote, ditadura, esquerda e direita” não estão seduzindo ou não seduziram quase um terço do eleitorado de Salvador, pelo menos nas recentes eleições pra o comando do Palácio Thomé de Souza.
Dito isto, parece cair na mesmice todas as abordagens, já que não apontam novos rumos para a sociedade, digo mais uma vez, que se manifestou enjoada com o que assistiu na cosmetologia televisiva das campanhas. Superproduções que não atingiram a totalidade dos eleitores. A novela “Avenida Brasil”, parece que traduziu melhor os corações e mentes.
Então, fica a cargo dos acadêmicos, partidos, escribas e afins se debruçarem nesse fato, e, quiça, apresentarem algo mais substancial, para além das lembranças do carlismo, neocarlismo e todos os ‘ismos”. Ah! quase esqueço: adorei a expressão “eructar”, pois tudo que é expelido alivia os ânimos.
Quanto à busca de imparcialidade jornalística que alguns leitores fizeram aos comentários, artigos de Dom Fernadon Conceicion, é quase parecido com a busca do “ideal”, não existe. Bobagem! Há sim, aqui e acolá defesa de interesse, até pela cerveja mais barata na condição de consumidor. É bom quando R$ 10,050 dá pra tomar três e assim plasmar melhor as eructações até aqui lidas.
Defender e contrapor ideias, pensamentos é saudável para os neurônios, e de alguma forma, para manter a chama da dialética hegelina, E sem escamotear, agradando ou não, Fernando está tendo a coragem de dizer o que pensa. Livre pensar é só pensar. Os caminhos estão aí pra serem percorridos ou perseguidos conforme o que o mundo nos parece ser.
Li o texto, mas simplesmente não consegui acreditar no que estava lendo.
Inicialmente achei que o autor estava fazendo um jogo de afirmações falsas, para depois demonstrar o absurdo de suas próprias colocações.
Infelizmente não. Ele quis dizer o que ele disse, por mais absurdo que possa parecer…
Primeiro, é fundamental um breve resgate histórico.
Como diferenciar o neto do avô, se, além de terem o mesmo nome, o avô, quando quase dono do estado, colocou à disposição da campanha do seu desconhecido neto, então com 23 anos, a Secretaria de Administração do Estado, com todos os seus cargos, a fim de elegê-lo como deputado federal mais bem votado da Bahia?
Agora o autor quer que a gente simplesmente esqueça como tudo começou, e aceite o Neto como uma liderança autônoma e independente do que representou o seu avô?
E não para por aí. O autor não fica satisfeito em destacar as boas intenções do neto, ele vai além, duvida da nossa memória e coloca o avô na condição de homem que livrou o estado das velhas oligarquias, que “No contexto do militarismo, deve ter feito coisas do arco da velha – e para saber mais aguardamos a biografia escrita pelo jornalista Fernando Morais, de quem era amigo por afinidades até com Fidel Castro, dono de Cuba. Mas também peitou generais poderosos, e saiu-se vitorioso.”
Deve ter feito coisas do arco da velha? Como assim cara pálida?
Ele deu porrada em professor, em estudante, tapa na cara de jornalista, de prefeito, de aliado, e em todos que em algum modo foram vistos como empecilho para qualquer seus objetivos, por mais irrelevante que fosse.
E isso foi na “democracia”, não foi no contexto do militarismo não!
Com relação aos professores, prefiro acreditar que foi alguma metáfora mal aplicada, porque tive muitos professores ruins, mas a maioria deles eram pessoas fantásticas, dedicadas e comprometidas, aos quais devo minha formação intelectual e cidadã.
Minha sogra foi professora estadual do ensino médio por 28 anos, todos eles dentro de sala de aula. Saia de casa cedo pela manhã, com cinco calos em suas cordas vocais, com lápis, borracha, caneta e folhas de papel pautado para dar aos seus alunos que não tinham condição de comprar material escolar, ou até mesmo para os esquecidos de plantão.
Depois de dar aula o dia inteiro, passou anos dedicando suas noites para fazer curso superior, e depois 3 pós-graduações.
Chamar uma mulher dessa de semi-analfabeta ou preguiçosa é lamentável e, no mínimo, muito injusto.
Meus animados escribas [no Antigo Egito eram os únicos capacitados para transmitir ao povo o que pensava o Regente, eram pessoas educadas na arte da escrita], e pelo que pode-se ler nesse blog, a definição desses privilegiados seres permanece atual.
Como não tenho pretensões para ser o intérprete das massas (na acepção da Escola de Frankfurt – claro! tenho também que fazer citações pra me fazer respaldado), a minha intenção em participar desse debate em rede – não tão apetitoso quanto ao que vem da rede que os velhos pescadores puxam do mar-, é envolver nas discussões a respeito das recentes eleições, o fato de que cerca de 570.000, pessoas (eleitores) não deram votos nem pro jovem e vigoroso ACM Neto nem tampouco para o aglomerado de representações partidárias desde a IURD ao PCdoB, na pele de Pelegrino.
Diria ainda que essa conversa de voto etnico também não se traduz em votações expressivas em Salvador, vide votação de Hamilton Assis (PSOL). Feito essa digressão, e retornando à concatenação das ideias, há uma imensa lacuna de representação política na sociedade soteropolitana, que aí sim, deve ser levada mais a efeito pelo discurso ou pesquisa acadêmica, no sentido de mostrar alternativas a esse eleitorado que não tá nem aí pra tudo o que foi até aqui discutido nesse blog.
As abordagens em pro e contra o “carlismo, chicote, ditadura, esquerda e direita” não estão seduzindo ou não seduziram quase um terço do eleitorado de Salvador, pelo menos nas recentes eleições pra o comando do Palácio Thomé de Souza.
Dito isto, parece cair na mesmice todas as abordagens, já que não apontam novos rumos para esse segmento da sociedade, digo mais uma vez, que se manifestou enjoada com o que assistiu na cosmetologia televisiva das campanhas. Superproduções que não atingiram a totalidade dos eleitores. A novela “Avenida Brasil”, parece que traduziu melhor os corações e mentes.
Então, fica a cargo dos acadêmicos, partidos, escribas e afins se debruçarem nesse fato, e, quiça, apresentarem algo mais substancial, para além das lembranças do carlismo, neocarlismo e todos os ‘ismos”. Ah! quase esqueço: adorei a expressão “eructar”, pois tudo que é expelido alivia os ânimos.
Quanto à busca de imparcialidade jornalística que alguns leitores fizeram aos comentários, artigos de Dom Fernadon Conceicion, é quase parecido com a busca do “ideal”, não existe. Bobagem! Há sim, aqui e acolá defesa de interesse, até pela cerveja mais barata na condição de consumidor. É bom quando R$ 10,050 dá pra tomar três e assim plasmar melhor as eructações até aqui lidas.
Defender e contrapor ideias, pensamentos é saudável para os neurônios, e de alguma forma, para manter a chama da dialética hegelina. E sem escamotear, agradando ou não, Fernando está tendo a coragem de dizer o que pensa. Livre pensar é só pensar. Os caminhos estão aí pra serem percorridos ou perseguidos conforme o que o mundo nos parece ser.
Leiam uma abordagem interessante sobre o tema em :http://www.socialistamorena.com.br/acm-neto-nao-sera-um-bom-prefeito/ Esse filme eu já vi n vezes. O roteiro é conhecido, os personagens repaginados mas guardando o mesmo “caráter”, e o final, provavelmente o mesmo que estamos a assistir na atual (indi)gestão do João, que foi escolhido pelos mesmos e pelas mesmas razões que escolheram o Little Clip agora. Vale a pena ver de novo? Boa parte da poupulação achou que vale. Então vamos assistir uma vez mais. Afinal no Brasil o BBB já está na 12a edição… a única mudança que a elite quer é voltar a ter o domínio que sempre teve de tudo. Como essa elite adorou rever um coronel do tipo Jesuíno Mendonça, modelo 1920, dizer para todas : vá se lavar que hoje eu vou lhe usar, ou o poderoso Ramiro Bastos, guru de ACM, dizer para todos, inclusive para os representantes da Justiça : aqui nessa terra, quem manda sou eu…
É impressionate como o ódio pode cegar o ser humano a ponto de enxergar o preto ao invés do branco, ou melhor, o azul no lugar do vermelho, para não corrermos qualquer risco de incitar questões raciais. FC (continuo achando que tem algum H escondido no meio de seu nome), com seu ódio mortal ao PT, diga-se de passagem partido político do qual fez parte um dia (ele acaba se traindo e contando isso em um dos seus posts anteriores), tem alucinações tão febris e raivosas, que comete o disparate de valorizar a figura desse misto de Capo e Coronel Baiano, Sr Antonio Carlos Peixoto Magalhães, vulgar e carinhosamente conhecido pela alcunha de Cabeça Branca, Toninho Malvadeza, Toninho Ternura, Grampão, sem falar de outros tantos apelidos do tempo de moleque no Campo da Pólvora, local em que ganhou fama pela esperteza, oportunismo e truculência que viriam caracterizar sua trajetória política. Entre tantas idiotices e exageros ditos pelo jornalista FC (cadê o agá do meio?), escolhi o trecho a seguir como o mais bestial de todo o seu post “Foi para o centro do poder político, rompeu na hora certa com o regime militar (quer dizer, na hora do golpe fechou com a turma da farda, mas quando viu que esses foram perdendo o poder, o nosso guru pula fora do barco ???) apoiando Tancredo Neves (depois de ter sido ferrenho combatente da emenda Dante de Oliveira, que propunha diretas já para a eleição presidencial, apoiou Paulo Maluf até o último momento, e quando viu que não dava mais para segurar essa alça de caixão, assim como fez com Fernando Collor de Melo em 1992, de novo pegou carona no barco de Tancredo) – foi quando a oposição passou a tratá-lo de “Toninho Ternura” -, ajudou no congresso estudantil de reestruturação da UNE (de que UNE estamos falando ô cara pálida??? só se for DESUNE ), estimulou (???) o Centro Industrial de Aratu (se fosse um agente da CIA vá lá), brigou e trouxe o Pólo Petroquímico para Camaçari (essa sim, uma das maiores mentiras que se tenta atribuir ao nosso capo – qualquer pessoa isenta e um pouquinho informada sabe que o grande mentor, idealizador e responsável pelo Pólo foi o genial economista baiano Rômulo Almeida – apolítico) – Wagner existiria sem isso? – ( esse adendo do jornalista é deplorável e completamente descontextualizado), criou as universidades públicas estaduais (aí está outra grande mentira do blogueiro, que por mal informado ou por excesso de ódio de uns e bajulação do coronel Cabeça Branca, esquece novamente do nome do seu mentor, idealizador e criador, o nobre feirense Edvaldo Machado Boaventura) , todas elas, interiorizando o ensino superior por décadas restrito à capital e à UFBA (mentira já comentada anteriormente)” Obs : os textos em parênteses são do comentarista que aqui se expressa.
O mais inadmissível porém é o fato do blogueiro FC (tira o H do armário!), como jornalista que se diz ser, não ter nenhum tipo de pudor para enaltecer um dos maiores perseguidores da livre imprensa, que não poupou truculência no trato com o antigo Jornal da Bahia e com seu editor chefe, João Carlos Teixeira Gomes, que mais tarde relatou tudo que sofreu na mão de ACM, no célebre livro Memória das Trevas ; vejam o link para o referido livro em : http://www.ciadoslivros.com.br/memorias-das-trevas-uma-devassa-na-vida-de-antonio-carlos-magalhaes-2001-edicao-1-p124890 Qualquer jornalista baiano, que honre sua missão de informar com isenção e imparcialidade, com liberdade e independência de opinião, não pode esquecer jamais desse ditador baiano, coronel que amava a Bahia subalterna e amedrontada e que matava e morria pelo seu povo (seu clã e seus correligionários puxa-sacos).
Assim, em nome da memória de boa parte da imprensa livre baiana, e pela eterna liberdade de expressão na nossa sociedade venho conclamar : Não deixem essa chama se apagar…
Quem votou contra a Educação
CONFIRA O VOTO DE ACM NETO E DOS VELHOS CARLISTAS
A seção da Câmara dos Deputados, abaixo reproduzida, destinava-se a votar o texto que, além de tratar da distribuição dos recursos dos royalties do petróleo entre os estado da federação, liberava os recursos dos royalties do petróleo destinados aos estados brasileiros para investimento em qualquer setor.
A orientação do governo Dilma era de que a bancada petista e governista recusasse (VOTANDO NÃO) esse texto, oriundo do Senado, para que ele fosse substituído pelo texto do deputado Zaratini, do PT/SP, que propunha que 100% dos royalties do petróleo fossem destinados para educação: “Este será o maior legado que o PT deixará ao país”, disse o deputado.
Sendo assim:
– quem votou SIM, votou pela aprovação do texto que liberou os recursos dos royalties para qualquer fim.
– quem votou NÃO, votou contra o texto, com o objetivo de colocar em votação e conseguir a aprovação do texto do deputado Zaratini, que como foi dito, destinava 100% dos recursos do royalties do petróleo a educação.
VEJA COMO FUNCIONOU A SEÇÃO, A ORIENTAÇÃO DE CADA PARTIDO E O VOTO DE CADA DEPUTADO:
Câmara dos Deputados
Secretaria Geral da Mesa
Lista de Votantes por Partido
54a. LEGISLATURA
SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 292 – 06/11/2012
Abertura da sessão: 06/11/2012 16:22
Encerramento da sessão: 06/11/2012 20:22
Proposição: PL Nº 2565/2011 – DVS – DEM – PREFERÊNCIA P/ VOTAÇÃO DO PL 2.565/2011 – Nominal Eletrônica
Início da votação: 06/11/2012 19:10
Encerramento da votação: 06/11/2012 19:34
Presidiram a Votação:
Marco Maia
Inocêncio Oliveira
Resultado da votação
Sim: 220
Não: 211
Abstenção: 1
Total da Votação: 432
Art. 17: 1
Total Quorum: 433
Obstrução: 2
Presidente da Casa: Marco Maia – PT /RS
Presidiram a Sessão:
Marco Maia – 16:23
Inocêncio Oliveira – 19:13
Marco Maia – 19:29
Orientação Partidária
PT: Não
PMDB: Não
PSDB: Liberado
PSD: Liberado
PR PT do B PRP PHS PTC PSL PRTB: Sim
PP: Não
PSB: Liberado
DEM: Sim
PDT: Sim
PTB: Sim
PV PPS: Liberado
PSC: Liberado
PCdoB: Não
PRB: Liberado
PSOL: Não
Minoria: Liberado
GOVERNO.: Não
Parlamentar UF Voto
DEM
Abelardo Lupion PR Sim
Alexandre Leite SP Sim
Antonio Carlos Magalhães Neto BA Sim
Augusto Coutinho PE Sim
Claudio Cajado BA Sim
Davi Alcolumbre AP Sim
Efraim Filho PB Sim
Eli Correa Filho SP Sim
Fábio Souto BA Sim
Jairo Ataide MG Sim
João Bittar MG Sim
Jorge Tadeu Mudalen SP Sim
Júlio Campos MT Sim
Lael Varella MG Sim
Lira Maia PA Sim
Luiz Carlos Setim PR Sim
Mandetta MS Sim
Mendonça Filho PE Sim
Mendonça Prado SE Sim
Onyx Lorenzoni RS Sim
Pauderney Avelino AM Sim
Paulo Cesar Quartiero RR Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende TO Sim
Rodrigo Maia RJ Obstrução
Ronaldo Caiado GO Sim
Vitor Penido MG Sim
Total DEM: 26
PCdoB
Alice Portugal BA Não
Assis Melo RS Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Não
Evandro Milhomen AP Não
Jandira Feghali RJ Não
João Ananias CE Não
Luciana Santos PE Não
Manuela D`ávila RS Não
Osmar Júnior PI Não
Total PCdoB: 10
PDT
Ângelo Agnolin TO Sim
Damião Feliciano PB Sim
Dr. Jorge Silva ES Não
Enio Bacci RS Sim
Felix Mendonça Júnior BA Sim
Flávia Morais GO Sim
Giovani Cherini RS Sim
João Dado SP Sim
Manato ES Não
Marcelo Matos RJ Não
Marcos Rogério RO Sim
Miro Teixeira RJ Não
Oziel Oliveira BA Sim
Paulo Pereira da Silva SP Sim
Paulo Rubem Santiago PE Sim
Reguffe DF Não
Salvador Zimbaldi SP Não
Sebastião Bala Rocha AP Sim
Sueli Vidigal ES Não
Wolney Queiroz PE Sim
Zé Silva MG Sim
Total PDT: 21
PEN
Berinho Bantim RR Sim
Fernando Francischini PR Sim
Total PEN: 2
PHS
José Humberto MG Sim
Total PHS: 1
PMDB (muitos votaram contra a orientação do partido)
Adrian RJ Não
Alberto Filho MA Sim
Alceu Moreira RS Não
Alexandre Santos RJ Não
André Zacharow PR Não
Antônio Andrade MG Não
Asdrubal Bentes PA Não
Benjamin Maranhão PB Não
Carlos Bezerra MT Sim
Celso Maldaner SC Não
Danilo Forte CE Não
Darcísio Perondi RS Não
Edinho Araújo SP Não
Edinho Bez SC Não
Edson Ezequiel RJ Não
Eduardo Cunha RJ Não
Elcione Barbalho PA Não
Eliseu Padilha RS Não
Fabio Trad MS Não
Fátima Pelaes AP Sim
Flaviano Melo AC Sim
Gabriel Chalita SP Não
Genecias Noronha CE Não
Geraldo Resende MS Não
Giroto MS Não
Henrique Eduardo Alves RN Não
Hermes Parcianello PR Não
Hugo Motta PB Sim
Íris de Araújo GO Sim
João Arruda PR Não
João Magalhães MG Sim
Joaquim Beltrão AL Sim
Júnior Coimbra TO Sim
Leandro Vilela GO Não
Lelo Coimbra ES Não
Leonardo Picciani RJ Não
Lucio Vieira Lima BA Sim
Luiz Pitiman DF Não
Manoel Junior PB Sim
Marçal Filho MS Não
Marcelo Castro PI Não
Marinha Raupp RO Não
Mauro Benevides CE Não
Mauro Lopes MG Não
Mauro Mariani SC Não
Nelson Bornier RJ Não
Newton Cardoso MG Não
Nilda Gondim PB Sim
Odílio Balbinotti PR Não
Osmar Serraglio PR Não
Osmar Terra RS Não
Pedro Chaves GO Sim
Pedro Novais MA Abstenção
Pedro Paulo RJ Não
Professor Setimo MA Sim
Raimundão CE Sim
Raul Henry PE Sim
Renan Filho AL Sim
Rodrigo Bethlem RJ Não
Rogério Peninha Mendonça SC Sim
Ronaldo Benedet SC Não
Rose de Freitas ES Não
Sandro Mabel GO Sim
Saraiva Felipe MG Não
Washington Reis RJ Não
Wilson Filho PB Sim
Total PMDB: 66
PMN
Jaqueline Roriz DF Sim
Total PMN: 1
PP
Afonso Hamm RS Sim
Arthur Lira AL Não
Beto Mansur SP Não
Carlos Magno RO Sim
Dilceu Sperafico PR Sim
Dimas Fabiano MG Sim
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Não
Gladson Cameli AC Sim
Jair Bolsonaro RJ Não
João Leão BA Não
João Pizzolatti SC Sim
José Linhares CE Sim
José Otávio Germano RS Não
Lázaro Botelho TO Não
Luis Carlos Heinze RS Sim
Luiz Fernando Faria MG Sim
Mário Negromonte BA Sim
Missionário José Olimpio SP Sim
Nelson Meurer PR Sim
Paulo Maluf SP Não
Pedro Henry MT Sim
Renato Molling RS Não
Renzo Braz MG Sim
Roberto Balestra GO Sim
Roberto Britto BA Não
Roberto Teixeira PE Não
Sandes Júnior GO Sim
Simão Sessim RJ Não
Toninho Pinheiro MG Sim
Vilson Covatti RS Sim
Waldir Maranhão MA Sim
Total PP: 32
PPS
Almeida Lima SE Sim
Arnaldo Jardim SP Não
Arnaldo Jordy PA Sim
Augusto Carvalho DF Sim
Carmen Zanotto SC Sim
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Não
Sandro Alex PR Sim
Stepan Nercessian RJ Não
Total PPS: 9
PR
Aelton Freitas MG Sim
Anderson Ferreira PE Sim
Anthony Garotinho RJ Não
Aracely de Paula MG Sim
Bernardo Santana de Vasconcellos MG Sim
Davi Alves Silva Júnior MA Sim
Dr. Adilson Soares RJ Não
Francisco Floriano RJ Não
Gorete Pereira CE Sim
Inocêncio Oliveira PE Sim
Jaime Martins MG Sim
João Carlos Bacelar BA Não
João Maia RN Sim
Laercio Oliveira SE Sim
Lincoln Portela MG Sim
Luciano Castro RR Sim
Lúcio Vale PA Sim
Maurício Quintella Lessa AL Sim
Milton Monti SP Sim
Neilton Mulim RJ Não
Paulo Feijó RJ Obstrução
Tiririca SP Sim
Vicente Arruda CE Sim
Wellington Fagundes MT Sim
Wellington Roberto PB Sim
Zoinho RJ Não
Total PR: 26
PRB
Acelino Popó BA Sim
Antonio Bulhões SP Não
Cleber Verde MA Sim
George Hilton MG Sim
Heleno Silva SE Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
Márcio Marinho BA Sim
Otoniel Lima SP Sim
Vilalba PE Sim
Vitor Paulo RJ Não
Total PRB: 10
PRP
Jânio Natal BA Sim
Total PRP: 1
PRTB
Aureo RJ Não
Total PRTB: 1
PSB
Alexandre Roso RS Não
Antonio Balhmann CE Não
Audifax ES Não
Domingos Neto CE Não
Edson Silva CE Não
Givaldo Carimbão AL Sim
Glauber Braga RJ Não
Gonzaga Patriota PE Sim
Isaias Silvestre MG Não
Jonas Donizette SP Não
José Stédile RS Não
Júlio Delgado MG Sim
Keiko Ota SP Não
Laurez Moreira TO Sim
Leopoldo Meyer PR Sim
Luiz Noé RS Não
Luiza Erundina SP Não
Márcio França SP Não
Mauro Nazif RO Sim
Pastor Eurico PE Sim
Paulo Foletto ES Não
Ribamar Alves MA Sim
Sandra Rosado RN Sim
Severino Ninho PE Sim
Valadares Filho SE Sim
Valtenir Pereira MT Sim
Total PSB: 26
PSC
Carlos Eduardo Cadoca PE Sim
Costa Ferreira MA Sim
Erivelton Santana BA Sim
Filipe Pereira RJ Não
Hugo Leal RJ Não
Leonardo Gadelha PB Não
Nelson Padovani PR Sim
Pastor Marco Feliciano SP Não
Professor Sérgio de Oliveira PR Sim
Takayama PR Sim
Zequinha Marinho PA Sim
Total PSC: 11
PSD
Ademir Camilo MG Sim
Armando Vergílio GO Sim
Arolde de Oliveira RJ Não
Átila Lins AM Sim
Carlos Souza AM Sim
César Halum TO Sim
Danrlei De Deus Hinterholz RS Sim
Diego Andrade MG Sim
Dr. Paulo César RJ Não
Edson Pimenta BA Sim
Eduardo Sciarra PR Sim
Eleuses Paiva SP Sim
Eliene Lima MT Sim
Fábio Faria RN Sim
Felipe Bornier RJ Não
Fernando Torres BA Sim
Francisco Araújo RR Sim
Geraldo Thadeu MG Sim
Guilherme Campos SP Não
Guilherme Mussi SP Sim
Hélio Santos MA Sim
Heuler Cruvinel GO Sim
Hugo Napoleão PI Sim
Jefferson Campos SP Sim
Jorge Boeira SC Sim
José Carlos Araújo BA Sim
José Nunes BA Sim
Júlio Cesar PI Sim
Junji Abe SP Sim
Liliam Sá RJ Não
Manoel Salviano CE Sim
Marcelo Aguiar SP Sim
Marcos Montes MG Sim
Moreira Mendes RO Sim
Onofre Santo Agostini SC Sim
Paulo Magalhães BA Sim
Reinhold Stephanes PR Sim
Ricardo Izar SP Sim
Roberto Santiago SP Sim
Sérgio Brito BA Sim
Silas Câmara AM Sim
Walter Tosta MG Sim
Total PSD: 42
PSDB
Alberto Mourão SP Não
Alfredo Kaefer PR Sim
Andreia Zito RJ Não
Antonio Carlos Mendes Thame SP Não
Antonio Imbassahy BA Não
Bonifácio de Andrada MG Sim
Bruna Furlan SP Não
Bruno Araújo PE Sim
Carlaile Pedrosa MG Sim
Carlos Brandão MA Sim
Carlos Sampaio SP Não
Cesar Colnago ES Não
Domingos Sávio MG Sim
Duarte Nogueira SP Não
Dudimar Paxiúba PA Sim
Eduardo Azeredo MG Sim
Eduardo Barbosa MG Sim
Emanuel Fernandes SP Não
Izalci DF Não
João Campos GO Sim
Jorginho Mello SC Sim
Jutahy Junior BA Não
Luiz Carlos AP Sim
Luiz Fernando Machado SP Sim
Luiz Nishimori PR Não
Mara Gabrilli SP Não
Marcio Bittar AC Não
Marco Tebaldi SC Sim
Marcus Pestana MG Sim
Nelson Marchezan Junior RS Sim
Nilson Leitão MT Sim
Otavio Leite RJ Não
Paulo Abi-Ackel MG Sim
Pinto Itamaraty MA Sim
Raimundo Gomes de Matos CE Sim
Reinaldo Azambuja MS Sim
Ricardo Tripoli SP Não
Rogério Marinho RN Não
Romero Rodrigues PB Sim
Valdivino de Oliveira GO Sim
Vanderlei Macris SP Não
Vaz de Lima SP Não
Walter Feldman SP Não
Wandenkolk Gonçalves PA Sim
William Dib SP Não
Zenaldo Coutinho PA Sim
Total PSDB: 46
PSL
Dr. Grilo MG Sim
Total PSL: 1
PSOL
Ivan Valente SP Não
Total PSOL: 1
PT
Afonso Florence BA Não
Alessandro Molon RJ Não
Amauri Teixeira BA Não
André Vargas PR Não
Antônio Carlos Biffi MS Não
Arlindo Chinaglia SP Não
Artur Bruno CE Não
Assis Carvalho PI Não
Assis do Couto PR Não
Benedita da Silva RJ Não
Beto Faro PA Não
Bohn Gass RS Não
Cândido Vaccarezza SP Não
Carlinhos Almeida SP Não
Carlos Zarattini SP Não
Cláudio Puty PA Não
Dalva Figueiredo AP Não
Décio Lima SC Não
Devanir Ribeiro SP Não
Edson Santos RJ Não
Emiliano José BA Não
Erika Kokay DF Não
Eudes Xavier CE Não
Fátima Bezerra RN Não
Fernando Ferro PE Não
Fernando Marroni RS Não
Francisco Praciano AM Não
Gabriel Guimarães MG Não
Geraldo Simões BA Não
Gilmar Machado MG Não
Henrique Fontana RS Não
Iriny Lopes ES Não
Janete Rocha Pietá SP Não
Jesus Rodrigues PI Não
Jilmar Tatto SP Não
João Paulo Lima PE Não
João Paulo Cunha SP Não
José De Filippi SP Não
José Guimarães CE Não
José Mentor SP Não
Josias Gomes BA Não
Leonardo Monteiro MG Não
Luci Choinacki SC Não
Luiz Alberto BA Não
Luiz Couto PB Não
Luiz Sérgio RJ Não
Márcio Macêdo SE Não
Marco Maia RS Art. 17
Marcon RS Não
Miriquinho Batista PA Não
Nazareno Fonteles PI Não
Newton Lima SP Não
Padre João MG Não
Padre Ton RO Não
Paulo Ferreira RS Não
Paulo Pimenta RS Não
Paulo Teixeira SP Não
Pedro Eugênio PE Não
Pedro Uczai SC Não
Policarpo DF Não
Reginaldo Lopes MG Não
Ricardo Berzoini SP Não
Rogério Carvalho SE Não
Sérgio Barradas Carneiro BA Não
Sibá Machado AC Não
Taumaturgo Lima AC Não
Valmir Assunção BA Não
Vander Loubet MS Não
Vanderlei Siraque SP Não
Vicente Candido SP Não
Vicentinho SP Não
Waldenor Pereira BA Não
Weliton Prado MG Não
Zé Geraldo PA Não
Zeca Dirceu PR Não
Total PT: 75
PTB
Alex Canziani PR Sim
Antonio Brito BA Não
Arnaldo Faria de Sá SP Sim
Arnon Bezerra CE Sim
Celia Rocha AL Sim
Jorge Corte Real PE Sim
José Augusto Maia PE Sim
José Chaves PE Sim
Jovair Arantes GO Sim
Nelson Marquezelli SP Sim
Paes Landim PI Não
Ronaldo Nogueira RS Sim
Sabino Castelo Branco AM Sim
Sérgio Moraes RS Sim
Silvio Costa PE Sim
Walney Rocha RJ Não
Total PTB: 16
PTdoB
Lourival Mendes MA Sim
Luis Tibé MG Sim
Total PTdoB: 2
PV
Antônio Roberto MG Sim
Dr. Aluizio RJ Não
Fábio Ramalho MG Sim
Henrique Afonso AC Não
Paulo Wagner RN Não
Penna SP Sim
Roberto de Lucena SP Sim
Rosane Ferreira PR Sim
Sarney Filho MA Sim
Total PV: 9
CENIN – Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação
O breve texto é do colega jornalista José Valverde, postado no facebook: “Sugiro aos seguintes 11 deputados, que votaram contra a Lei dos Royalties, que em 2010 se candidatem por um dos Estados que pretendiam beneficiar, mediante aprovação desse projeto que esbulha a federação, e é concentrador de recursos e do próprio desenvolvimento. Todos votaram contra o Estado que deveriam representar, a Bahia. São eles: Afonso Florence, Amauri Teixeira, Emiliano José, Geraldo Simões, Josias Gomes, Luiz Alberto, Sérgio Barradas Carneiro, Valmir Assunção e Waldenor Pereira – todos do PT – Antonio Brito (PTB) e João Carlos Bacelar (PR). O prefeito eleito de Salvador ACM Neto (DEM) votou pela aprovação da matéria. O deputado e ex-candidato à prefeitura da capital, Nelson Pelegrino (PT), não votou. Dos 39 parlamentares baianos, 34 votaram, 23 a favor da proposta aprovada.”
Reproduzi o texto dele por achá-lo conciso e oportuno, já que o texto postado aqui sobre o assunto contém alguns sofismas, ou, no popular, algumas enganações (ou omissões, pra não ser ofensiva). O autor esqueceu de dizer que a proposta do deputado petista Zarattini favorecia, grosso modo, AOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E ESPIRITO SANTO, principalmente, além de São Paulo, enquanto a proposta felizmente aprovada favorece A TODOS OS ESTADOS DA FEDERAÇÃO, INCLUSIVE AOS MAIS POBRES. Esqueceu de dizer que os 100% de recursos para a Educação seriam OS RECURSOS DO PRÉ-SAL, NÃO OS ROYALTIES DA EXPLORAÇÃO (ATUAL) DO PETRÓLEO. Esqueceu de dizer que O PETRÓLEO É NOSSO, e este “nosso” inclui todo o País, como está grafado no próprio nome da empresa estatal responsável pela atividade, a Petrobras: Petro, de Petróleo, e Bras de Brasileiro.
Ora, o pré-sal ainda é conjetura, não é o real, e não se sabe com exatidão como será conduzida a sua exploração. Querem favorecer a educação? Tomem medidas concretas e destinem, AGORA, os 10% do PIB para essa finalidade. Querem favorecer Rio de Janeiro e Espírito Santo e ceder à chantagem do governador carioca Sérgio Cabral? Mudem-se todos para aqueles estados e vão pleitear ali a (para alguns) mais do que improvável reeleição.
Penso eu que a prioridade das prioridades deste país de coronéis e bajuladores é a educação. No caso, tema muitíssimo mais importante do que a distribuição dos recursos entre os estados da federação. Dinheiro esse, sem destino… Porém, o nível do debate tá ficando carlista demais: truculência, agressões. E finalizando, ameaças. Fui.
Truculência? Agressões? Ameaças? Ou o rapaz tem a imaginação muito fértil, ou a sensibilidade extremamente à flor da pele, ou não consegue distinguir “enfatizar” de “ameaçar” ou “agredir”. Além de tudo, é reducionista: quem discorda dele é “carlista”. Uma pena!
Sim, rapaz, a educação é prioridade das prioridades. Por isso eu me posicionei contra o tal livrinho do Ministério da Educação na gestão de Fernando Haddad, que propunha ensinar as pessoas a falarem e escreverem de forma errada. Lembra do “nóis pega os pêxe”? É disso mesmo que estou falando! O mesmo Ministério petista que veiculava peça publicitária na TV com a palavra campus grafada assim, “câmpus”, com acento circunflexo. E você quer me convencer das boas intenções dos partidários desse ex-dirigiente do MEC, hoje prefeito eleito de São Paulo, com a destinação dos 100% dos lucros do pré-sal (que ainda é o ovo dentro da galinha) para a educação? Quem sabe faz a hora, dizia Geraldo Vandré. Vou lhe explicar o que isso quer dizer: quem sabe faz AGORA!
Sra Farias, para dirimir dúvidas vamos ver o que propunha de fato o substutivo do deputado Carlos Zarattiini sobre o assunto, leia o link abaixo : http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2012/11/07/zarattini-sobre-os-royalties-do-petroleo-para-a-educacao-a-maioria-da-camara-foi-incoerente-ontem/ É incrível mas parece que nossos debates são um terno jogo de torcidas, tipo BA X VI . Partidos não são times de futebol, eleições não são torneios/campeonatos e eleitores não deveriam ser torcedores…
O que os petistas diziam no dia das eleições: “a favela vota em Pelegrino e os branquinhos em ACM Neto”. Pode?
Pingback: O fantasma de ACM
http://www.viomundo.com.br/denuncias/acm-neto-pagou-com-traicao-a-quem-acabou-de-lhe-dar-a-mao.html
Esses petistas têm “emburrecido” o nível dos debates. Nunca na história desse país tivemos tantos disparates proferidos.São estultos verborrágicos..
O AMOR É LINDO – Escrito por Percival Puggina –
http://www.puggina.org
“Tenho certeza de que você conhece alguém assim. Pessoa idealista. Cheia de boas intenções. Levava a maior fé no PT oposicionista do século passado. Empolgava-se com a severa vigilância moral que o partido exercia sobre os governos e governantes aos quais se opunha. Enfim, o partido de seus amores não roubava e não deixava roubar. Percebia maracutaias a quilômetros de distância.
Essa pessoa votou no Lula, em vão, durante três eleições. Persistiu até que, finalmente, em 2002 – Aleluia! Lula se elegeu. A partir daí o PT poderia investigar tudo e nada permaneceria oculto nas gavetas e nos armários. Com a posse de Lula em 1º de janeiro de 2013 passavam às diligentes e virtuosas mãos do partido todos os meios necessários para acabar com a colorida tucanagem. Até um novo procurador-geral o PT nomeou em junho de 2013 e ele recebeu as chaves das silenciosas e supostamente cúmplices gavetas de seu antecessor. Mas o novo procurador – surpresa! – nada desengavetou, que se saiba. Nem ele, nem a PF, nem o CADE, nem a Receita Federal, nem a ABIN, nem o BC, nem a CGU. Silêncios sepulcrais! Na miríade de ministérios, repartições federais, empresas estatais e agências, nada apareceu, nem que fosse para comprovar minimamente o muito que antes se denunciava. Nem um grampeador sumido. E olha que depois de tanto estardalhaço, de tanta reputação assassinada, havia um certo dever moral de apontar pelo menos duas ou três falcatruas. Afinal, todos os contratos, concorrências, convênios que vinham dos nebulosos tempos pretéritos, estavam ali, para serem vasculhados, escrutinados. Mas nada foi feito ou, se feito, nada foi dito. O assunto se dispersou como uma nuvem que passa sem chover.
Um ano e meio depois, o PT virou alvo do maior escândalo político da história republicana! E nem para se defender o partido decidiu fuxicar no governo tucano. Já os escândalos petistas e de seus associados, esses não mais pararam, numa sequência infindável. Não satisfeito, o PT se uniu aos maiores patifes da política nacional. Trouxe ao braço e abraço todos aqueles a quem combatera. Santo Deus! Sarney virou homem forte no Congresso. Renan Calheiros, Jader Barbalho, Fernando Collor (até ele!) prosperaram como fungos à sombra do novo governo. Maluf virou aliado, merecedor de afagos, com fotos para a mídia benevolente em meio às ninfas e tritões de seus jardins.
Por mau caráter ninguém deixou de ser recrutado para a corte petista. E o outrora sensível faro do partido não percebe mais a sujeira nem na sola do próprio sapato. O infeliz eleitor sobre cujas agruras iniciei falando, ainda defensor ferrenho do petismo, ainda movido pela afinidade ideológica, tem que ir catar nos tenebrosos armários e gavetas dos governos anteriores (aqueles que o PT dizia conter assombrações) motivos para exalar, em derradeiro suspiro, alegações de que “os outros eram ainda piores”. Não é de causar compaixão? Deve doer como um nó de tripa na consciência. Logo ele, um cidadão do bem, um varão de Plutarco, precisa argumentar como aquele sujeito que defendia a namorada com alegações de que as outras eram ainda mais vadias. É um caso de mansidão submissa. Mas o amor é lindo.”
A melhor parte do texto! O proselitismo tem que ser desmascarado mesmo.
“É o que professores semianalfabetos ou preguiçosos massacram em todas as escolas da Bahia, públicas ou privadas, sem exceção, nas cabecinhas de nossos pimpolhos, desde que esses começam a frequentá-las…”.