
Amanhã completa 15 dias que peguei minha filha de 10 anos, Mel, pusemos a mochila nas costas e, a pretexto de participar de um congresso de Ciências das Comunicações no norte de Portugal, Universidade do Minho, em Braga, viemos dar um rolê por cidades europeias.
Carnaval em Salvador da Bahia, nem pensar. Já gostei muito. Não tenho mais estômago para testemunhar as contradições apartheidianas do escancaramento das indigências sociais, morais, econômicas – azeitadas pelo descontrole do consumo desenfreado de tóxicos.
Escrevo de Zürich, Suiça, 9 da manhã. Da cozinha do apartamento alugado de minha filha formada em jornalismo pela PUC-SP, que aqui tem status de refugiada de guerra – não a guerra do tráfico não declarada no Brasil. As duas irmãs permanecem nos braços de Morfeu, não o gato da anfitriã.
Em 2018 trocou a editoria de internacional da rede BandNews, em São Paulo, para instalar-se em Kyiv, Ucrânia. No começo da guerra chegou a prestar serviço de produtora de reportagens para a CNN-Brasil.
Quando Putin bombardeou a capital, em fevereiro de 2022, a alternativa foi sua retirada, que registrei em artigo e vídeos (clique no link para saber). Fluente em inglês, sabe ucraniano, e a Switzerland lhe ofertou condições de instalar-se aqui razoavelmente confortável.
Ao repudiar a carreira de jornalismo, colocou-se no mundo de negócios corporativos de idiomas, ganhando um emprego que lhe paga salário mínimo. O mínimo, bem entendido, para se viver em Zürich, onde um simples cafezinho não sai por menos de R$ 30,00 a xícara pequena.
Meu primogênito vive aqui, trazido pela mãe, desde os 6 anos. Agora, aos 35, é um profissional da Microsoft, empresa mais valiosa no mercado internacional hoje em dia. Além do português, domina o inglês, o alemão (inclusive a variante suíça), o francês – e aprende japonês por razões afetivas.
Fazia mais de cinco anos, desde antes da pandemia da Covid-2, que não encontrávamos pessoalmente esses dois irmãos de Mel (um terceiro, músico de violão clássico e literato, reluta sair de sua zona de conforto em Sampa).
Ainda iremos os quatro juntos a Roma e ao Vaticano (para a missa do Papa no domingo), e mais além. Fiz o cálculo para o investimento.
Sem folga no orçamento, o jeito foi meter o pé na jaca. Depois de ter cruzado o Cabo das Tormentas, na minha idade não sei se Deus me daria outra oportunidade para proporcionar isso ao sangue do meu sangue.
Tudo depois se ajeita. Ou não. Leio nos jornais a declaração de Wanessa Camargo, filha do astro Zezé de Camargo, no BBB24, comentando sua situação financeira: “Devendo um monte“. Ou seja, até o olho do… zé-de-bonifácio.
É o meu caso, de toda a torcida do Flamengo e do Esporte Clube Bahia!
Oi Fernando, que notícia mais gostosa e chegando com essa bela neve! Imagino sua alegria ao esquiar cim essa turma potente, alegre e sangue do seu sangue, cimo disse! Eu meus filhos tambem esquiamos por aí, mas infelizmente nso o fizemos juntos. Como eu estava no doutorado à epoca, eles foram com a escola e eu fui vom amigos! C’est la vie! E é bom explorar esse mundo desconhecido e nos pertence a todos! Um abraço!