DOMINGO, VÉSPERA do início do Verão no hemisfério Sul do planeta. Na comunidade chamada Vila Brandão o prefeito de Salvador, ao lado dos chefões do Yacht Club da Bahia, contrariam o ganhador do Nobel de Economia, Milton Friedman.
Centenas de espetinhos de churrasco de carne bovina e de frango, acompanhados de farofa e vinagrete, são servidos sem restrições de quantidade. O mesmo para latinhas de cerveja gelada, de refrigerantes, copinhos de água.

Milton Friedman, para quem “There ain’t no such thing as a free lunch”, ou seja: Não existe almoço grátis
Tudo de graça. Picolés, algodão doce, pipoca, crepe à vontade. Sem fila, sem tumulto, você pode repetir quantas vezes quiser e até levar para casa quanto quiser. ACM Neto, o prefeito, posa com aquele sorrizinho de gente boa para mil e uma fotos com moradores da vila.
A maior autoridade pública municipal eleita para cuidar da cidade está ali, com a namorada, para referendar uma suposta boa ação do grande empreendimento soteropolitano ultraprivado denominado Yacht Club da Bahia.
Que, em aliança com o padre da paróquia da Igreja da Vitória, resolveu entregar à antiga vila de pescadores uma quadra esportiva – um campinho e alguns equipamentos de lazer para crianças. Tudo por iniciativa própria e também de graça.
O Yacht parece querer investir na adesão da comunidade de 300 famílias, dependuradas em um trecho nas encostas do filet mignon entre a Vitória e o Porto da Barra, defronte ao mar da baía de Todos os Santos.
Comunidade com que está em conflito há dezenas de anos devido à titularidade da ocupação daquele imobiliariamente cobiçado terreno. Clique para ler a carta aberta da comunidade a ACM Neto. E aqui para saber mais do conflito.
Toda a fanfarra armada pelos poderosos, porém, foi insuficiente para conquistar a todos. Este escrevinhador testemunhou.
A adesão ao almoço de graça foi baixa, comparando a situação de crise econômica que atinge principalmente os de baixo.
Muitos moradores – dissidentes da associação que diz representá-los – assistiram a palhaçada (sim, havia palhaços profissionais) de longe.
Enquanto prefeito e os donos do Yacht que se afirmam donos da Vila Brandão, saiam de volta ao clube, bem-aventurados com a bênção do pároco.
uma área no valor de uma bagatela de mais de 20milhoes, uma comunidade feliz, sacramentado pela pároco da igreja mais cara de salvador, o Yacht clube, o mais rico clube de salvador, festejam o 1° passo vencido, um presente da cidade riquissima de salvador. Porque área da união é para ser entregue grátis aos mais ricos, e 30m2 para morar é invasão tb. se passaram já 80anos. 2009 foi mais um plano de desapropriação junto com delegadas. Teria conseguido se não fosse a interferencia decisiva de pessoas fora da estrutura mais antiga da comunidade. Esse intento só tem conseguido vingar exatamente pela cooperação por parte de individuos dessa estrutura mais antiga em uma participação pessoal. Pois mesmo sabendo do absurdo desse contrato, mobilizou e impediu qualquer outra manifestação contrária a esse contrato.
Vou acrescentar – tem muita gente comendo nessa mesa!
O absurdo dessa declaração inexplicável de amor dos mais ricos e poderosos de Salvador pela população da Vila Brandão deveria revoltar a cidade inteira: Gentrificação a custo zero.
Expansão imobiliária entre amigos.
Mas aparentemente, esta tudo certo – ninguém quer se meter.
O pedaço de terra em questão é a ultima área publica com acesso ao mar, na Vitória. A ultima área verde – não construída – pronta para reflorestamento, um parque e uma praia pública, para criar renda na comunidade.
Mas o projeto da Prefeitura é outro – PRIVATIZAÇÃO DE BEMS PúBLICOS – e tem muita gente comendo…
Vou acrescentar – tem muita gente comendo nessa mesa!
O absurdo dessa declaração inexplicável de amor dos mais ricos e poderosos de Salvador pela população da Vila Brandão deveria revoltar a cidade inteira: Gentrificação a custo zero.
Expansão imobiliária entre amigos.
Mas aparentemente, esta tudo certo – ninguém quer se meter.
O pedaço de terra em questão é a ultima área publica com acesso ao mar, na Vitória. A ultima área verde – não construída – pronta para reflorestamento, um parque e uma praia pública, para criar renda na comunidade. Aberto para tod@s!
Mas o projeto da Prefeitura é outro – PRIVATIZAÇÃO DE BEMS PúBLICOS – e tem muita gente comendo…
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