Os companheiros Celso Amorim e demais com sua pequena tropa brancaleone

Celso Amorim, atual influente conselheiro de Lula da Silva para assuntos internacionais, conheci pessoalmente. Quando ele era embaixador do Brasil nas Nações Unidas em Nova York, durante meu período de visiting scholar na NYUniversity (1998/99).

É quem sopra no ouvido do presidente da República de plantão o que deve ou não fazer e dizer sobre o conflito entre o Estado de Israel, única democracia no Oriente Médio, e o grupo guerrilheiro Hamas. Que controla desde 2005 a Faixa de Gaza, depois da retirada ali das tropas e colonos israelenses, por determinação unilateral de Ariel Sharon, que pagou um preço por seu estadismo.

Amorim em seu tempo nas United Nations (UN, ONU), governo Fernando Henrique Cardoso, praticamente ficava coçando o saco. Impressão que tive ao por ele ser recebido em seu gabinete

Tudo pago por nós, o povo, contribuintes.

Nessa condição solicitei uma audiência com o dito cujo. Intermediada por sua esposa – que foi com a minha cara depois de assistir um debate/embate na Columbia University entre eu e Joaquim Barbosa, o futuro ministro do STF; eu a favor de cotas para negros, ele contra. E agendada pelo embaixador Paulo Cordeiro (1953-2019), então assessor de Amorim no Conselho de Segurança das UN.

O assunto que tratei com Amorim na audiência: há como processar o Brasil em Corte internacional pela dívida histórica com os afrodescendentes, exigindo reparações financeiras pelo trabalho escravo? Fiz uma exposição de motivos.

Celso Amorim desconversou. Ele é um “socialista” de antiga cepa. Daqueles que “sentem muito” pelo que seus ancestrais fizeram e ainda fazem contra a negrada. A quem tolera, mas nada têm a ver com aquilo agora… “Acho difícil uma ação de reparações dessas progredir aqui na ONU. Num tribunal internacional, talvez?…”.

Depois desse balde de água fria, corri para concluir meu “sandwich” na NYU com supervisão de George Yúdice. E retornar à Universidade de São Paulo, minha alma magister.

Com a morte de Marco Aurélio Garcia, que fez a cabeça de Lula nos dois primeiros mandatos e também de Dilma Rousseff em temas de relações internacionais, alinhando a diplomacia brasileira a ditaduras e grupos terroristas da América Latina (Foro de São Paulo), da África, do Oriente Médio, Coreia do Norte e China, a estrela de Celso Amorim veio a brilhar.

DE OLHO NELE

É nele que devemos prestar atenção. Petista de carteirinha, por seu profissionalismo em relações internacionais com diplomatas, partidos e lideranças políticas, mesmo no Vaticano, em todos os continentes, percebam que está por trás e às vezes mesmo nas fotos dos movimentos erráticos que Lula tem feito em suas viagens e contatos mundo afora.

Lula parece ter-lhe delegado amplos poderes nesses assuntos. Não sei se é antissemita. Mas insiste em sua política anti-Estados Unidos, anti-União Europeia (“culpados pelo ataque de Putin à Ucrânia”, discursa o marido de Janja).

Nega e sonega o direito à defesa de quem foi atacado dentro de casa, como Israel há pouco. Israel que pela ótica de muitos não tem direito à existência. Razão porque, prega o Hamas, nada de dois Estados lado a lado: deve ser varrido do mapa.

Quanto ao povo palestino, com suas lideranças que não se entendem entre si (Al-Fatah, Hamas, Hezbollah, Autoridade Palestina etc.), têm direito à soberania. Pobre povo palestino! Pobres curdos, albaneses, uigures, pigmeus… Bēta ‘Isrā’ēl.